O Brasil fechou o mês de outubro de 2025 com um saldo positivo de 85.147 empregos com carteira assinada, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O número de empregos formais em outubro resultou de 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos. Este saldo é significativamente menor do que os 213.002 postos criados em setembro e inferior aos 131.603 registrados em outubro de 2024.
Setores e Salário Médio
No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo de empregos formais atingiu 1.351.832, ficando abaixo dos 1.796.543 postos gerados no período anterior. O estoque total de empregos no país chega a 48.995.950 vínculos celetistas.
Setores em Destaque: O setor de serviços liderou a criação de vagas com 82.436. O comércio também teve resultado positivo, com 25.592 novas vagas.
Setores em Queda: Indústria (-10.092), construção civil (-2.875) e agropecuária (-9.917) registraram decréscimo.
Salário: O salário médio real de admissão em outubro foi de R$ 2.304,31, uma leve alta de 0,8% em relação a setembro.
As mulheres conquistaram a maioria das vagas (65.913), especialmente no setor de serviços. Jovens de 18 a 24 anos e adolescentes até 17 anos representaram o maior número de contratações.
Críticas à Política de Juros
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, relacionou a queda no ritmo de criação de empregos formais à política de juros do Banco Central, que manteve a taxa Selic em 15% ao ano.
O ministro fez um apelo para que o Banco Central demonstre sensibilidade e reavalie a taxa de juros. “É hora mais que urgente o Banco Central ter a sensibilidade de entender ser necessário esse processo [de diminuição dos juros]”, pontuou Marinho. Segundo ele, o alto custo do dinheiro estaria inibindo o ritmo dos investimentos e desacelerando a economia.











































