Entidades financeiras divulgaram uma nota conjunta defendendo a atuação do Banco Central no caso Master, após questionamentos sobre o processo de liquidação do Banco Master. Bancos, financeiras e fintechs pedem respeito às decisões técnicas e manutenção da independência institucional do regulador, reforçando que mudanças externas poderiam prejudicar o sistema.
No documento, as associações afirmam que o Brasil depende de um regulador técnico e autônomo para evitar instabilidade. Segundo elas, revisar decisões prudenciais do BC fora do mérito técnico do caso Master criaria um cenário de insegurança jurídica e abalo à confiança do mercado. Para o setor, isso comprometeria a previsibilidade e a credibilidade das decisões no sistema financeiro.
Assinam a nota ABBC, Acrefi, Febraban e Zetta, representando mais de 100 instituições, cerca de 90% do setor financeiro e 98% dos ativos do sistema. As entidades destacam que a supervisão preventiva do Banco Central tem evitado crises de solvência mesmo em períodos como a crise de 2008 e a pandemia.
Em manifestação separada, a Anbima também apoiou a autonomia do regulador, afirmando que decisões de liquidação são técnicas e baseadas em critérios prudenciais. Para a entidade, reverter medidas como as do caso Master abriria precedente perigoso e enfraqueceria a confiança nos pilares de segurança do sistema.
O tema ganhou força após o ministro Dias Toffoli, do STF, manter a acareação marcada para terça-feira (30), buscando esclarecer pontos do inquérito que apura irregularidades no caso Master. Estão previstos depoimentos do diretor de Fiscalização do BC, do controlador do banco e do ex-presidente do BRB. O processo corre sob sigilo, e a audiência busca confrontar versões sobre supostas fraudes e a atuação regulatória.











































