O mercado financeiro brasileiro teve um dia de resultados mistos nesta última semana completa de 2025. A bolsa de valores registrou forte alta, impulsionada por dados que apontam para uma desaceleração da economia, enquanto o dólar sobe, pressionado por fatores sazonais.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou a última segunda-feira, 19 de dezembro, aos 162.482 pontos, com uma valorização de 1,07%. Com o resultado, o indicador recuperou metade das perdas registradas desde o início do mês.
A forte alta da bolsa foi impulsionada pela divulgação, feita pelo Banco Central, de que a economia brasileira contraiu 0,2% em outubro, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
A desaceleração da economia estimula a bolsa porque aumenta a expectativa do mercado. Ela eleva as chances de o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir a taxa de juros já na reunião de janeiro, em vez de esperar por março. Juros menores tendem a incentivar a migração de investimentos da renda fixa para o mercado de ações.
Dólar sobe
O mercado de câmbio, por sua vez, teve um dia mais pessimista. O dólar sobe e o comercial fechou a segunda-feira vendido a R$ 5,423, com uma valorização de 0,23% (R$ 0,012).
A cotação, que chegou a cair para R$ 5,38 pela manhã, inverteu o movimento e fechou próxima da máxima do dia. Em dezembro, a moeda estadunidense acumula alta de 1,63%, mas registra queda de 12,25% em 2025.
A alta do dólar foi causada por fatores internos e externos. No Brasil, o envio de remessas de lucros de filiais de empresas estrangeiras ao exterior, um movimento comum de fim de ano, pressionou a cotação. A queda do preço do petróleo no mercado internacional também afetou negativamente moedas de países emergentes.










































