A produção brasileira de café em 2025 está estimada em 56,5 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com o 4º Levantamento da Conab, divulgado nesta quinta-feira (4). Mesmo em um ano de bienalidade negativa, o volume representa o terceiro maior resultado da série histórica e supera em 4,3% a safra de 2024.
A nova projeção combina uma leve redução de 1,2% na área em produção, estimada em 1,85 milhão de hectares, com uma produtividade média nacional de 30,4 sacas por hectare, puxada pelo bom desempenho do conilon.
Conilon registra recorde histórico
Com menor influência da bienalidade, o conilon deve alcançar 20,8 milhões de sacas, maior volume já registrado pela Conab. O resultado representa um crescimento de 42,1% frente à safra anterior e reflete a regularidade climática, que favoreceu o vigor produtivo.
No Espírito Santo, a produção chega a 14,2 milhões de sacas (+43,8%). Na Bahia, o volume esperado é de 3,29 milhões de sacas (+68,7%). Em Rondônia, a estimativa é de 2,32 milhões de sacas, alta de 10,8%.
Arábica tem queda em ano de bienalidade negativa
Já o arábica registra retração. A área em produção caiu 1,5%, para 1,49 milhão de hectares, enquanto a produtividade diminuiu 8,4%, ficando em 24,1 sacas por hectare. Assim, a colheita está estimada em 35,76 milhões de sacas, queda de 9,7% frente a 2024.
Em Minas Gerais, maior produtor nacional, a colheita chegou a 25,17 milhões de sacas (-9,2%), influenciada pela bienalidade negativa e pela seca. Em São Paulo, a redução foi de 12,9%, com produção estimada em 4,7 milhões de sacas. A Bahia é exceção, com crescimento de 2,5% e destaque para o Cerrado, que ampliou em 18,5% a produção.
Exportações têm queda em volume, mas atingem recorde em valor
De janeiro a outubro, o Brasil exportou 34,2 milhões de sacas, baixa de 17,8% em relação ao mesmo período de 2024, segundo o MDIC. A queda é atribuída aos estoques internos reduzidos após o embarque recorde de 50,5 milhões de sacas em 2024.
Apesar disso, o país alcançou US$ 12,9 bilhões em receitas no acumulado do ano, superando todo o valor exportado em 2024. O desempenho se deve aos preços elevados do café no mercado internacional.
Conforme o USDA, mesmo com expectativa de aumento da oferta global em 2025/26, estoques mundiais no menor nível em 25 anos devem evitar queda acentuada das cotações.










































