O diretor Financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, afirmou nesta sexta-feira (28) que a estatal não deve pagar dividendos extraordinários nos próximos períodos. Segundo ele, a prioridade é manter a trajetória de redução da dívida, prevista para US$ 65 bilhões no Plano de Negócios 2026/2030.
A projeção é que a dívida encerrará 2025 em cerca de US$ 70 bilhões, recuando para o nível desejado em 2026. Melgarejo explicou que, com o Brent estimado em US$ 63 por barril, a empresa será capaz de amortizar parte dos débitos. Caso o preço fique entre US$ 59 e US$ 60, a dívida tende a permanecer “neutra”, sem crescimento.
O diretor reforçou que a companhia trabalha para ganhar eficiência e otimizar custos, garantindo convergência para o patamar de US$ 67 bilhões de dívida no ano que vem, até alcançar os US$ 65 bilhões previstos para o início do plano estratégico.
Dividendos extraordinários fora do radar
Melgarejo explicou que esse tipo de distribuição só é possível quando há fluxo de caixa operacional robusto e dívida estabilizada.
“Muito provavelmente não deverá haver dividendos extraordinários nos próximos períodos”, afirmou.
O Plano de Negócios 2026/2030 prevê US$ 109 bilhões em investimentos — sendo US$ 91 bilhões direcionados a projetos já em implantação e US$ 18 bilhões para iniciativas ainda em avaliação, cuja viabilidade será revisada trimestralmente.
Produção deve crescer até 2030
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a estatal prevê atingir 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2028 e 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás (boed) entre 2028 e 2029. O avanço virá da entrada de oito novos sistemas de produção até 2030, sete deles já contratados, principalmente no pré-sal da Bacia de Santos.












































