O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta de 0,52% em setembro, totalizando 3,62% no ano e 5,1% em 12 meses, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (9).
O INPC é referência para reajuste anual de salários, além de servir para correção de seguro-desemprego, teto do INSS e salário mínimo.
Entre os nove grupos de produtos e serviços, três registraram queda de preços:
- Comunicação: -0,22%
- Alimentação e bebidas: -0,33% (quarta queda consecutiva)
- Artigos de residência: -0,45%
Por outro lado, a maior alta foi na habitação (3,28%), impactada pelo aumento da conta de luz (10,57%). O encarecimento reflete o fim do Bônus Itaipu e a vigência da bandeira vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Para outubro, a Aneel determinou a volta da bandeira vermelha patamar 1, com acréscimo de R$ 4,46.
O IBGE também divulgou o IPCA, inflação oficial do país, que ficou em 0,48% em setembro e 5,17% em 12 meses. A diferença entre os índices está na renda das famílias analisadas: o INPC considera quem recebe 1 a 5 salários mínimos, enquanto o IPCA abrange 1 a 40 salários mínimos.
No INPC, os alimentos têm peso maior (quase 25%), refletindo o gasto proporcional das famílias de menor renda com itens essenciais, enquanto no IPCA o peso é cerca de 21%.
A coleta de preços é feita em 16 cidades, incluindo Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife.