As parcerias com novos mercados consumidores ajudaram o Brasil a amenizar significativamente os impactos do tarifaço norte-americano. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o resultado foi reflexo de um trabalho preventivo do governo federal. As políticas públicas e a busca por novos acordos contribuíram para manter empregos e ajudar empresas. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (17), em Brasília, durante o programa Bom Dia, Ministro.
Segundo Fávaro, a estratégia do governo, guiada pelo “feeling do presidente Lula”, foi a de abrir novos mercados para aumentar a carteira de exportações do país. Em quase três anos de governo, o Brasil abriu 437 novos mercados, o que é um recorde. Essa diversificação permitiu ao país redirecionar parte da produção que deixou de ser exportada para os Estados Unidos.
O ministro destacou a importância dos esforços diplomáticos, como a intensificação das relações com os países do Brics, o Oriente Médio e o Sudeste Asiático. Ele mencionou a iminência de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que criaria o maior bloco econômico do mundo.
Para apoiar as empresas mais afetadas pelo tarifaço, o governo implementou políticas públicas, como uma linha de financiamento de R$ 30 bilhões com juros acessíveis. Além disso, foram adotadas medidas como o Reintegra especial, que prevê o ressarcimento de valores tributários pagos na exportação, e a ativação de compras públicas para absorver produtos que deixaram de ser exportados. O ministro ressaltou que, embora os impactos existam, as ações do governo foram eficazes em minimizá-los.