O setor de serviços alcançou um recorde de 15,2 milhões de pessoas empregadas em 2023, um aumento de 7,1% em comparação a 2022. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Anual de Serviços, mostram que, em relação ao período pré-pandemia de 2019, o crescimento na ocupação foi de 18,3%, o que significa 2,4 milhões de novos trabalhadores no setor.
A pesquisa do IBGE, a mais recente radiografia anual do setor, abrange atividades como alimentação, transporte, comunicação e turismo, mas exclui empresas do setor financeiro. O levantamento revela que cinco das 34 atividades observadas concentram 47% dos empregos, com destaque para serviços de alimentação, que geraram 1,8 milhão de postos de trabalho.
Remuneração e receita
Em 2023, as empresas do setor de serviços, que somavam 1,7 milhão, pagaram R$ 592,5 bilhões em salários. Isso resulta em um rendimento médio mensal de 2,3 salários mínimos por funcionário. No entanto, o IBGE aponta que três grandes segmentos superaram essa média, com destaque para serviços de informação e comunicação, onde o rendimento médio foi de 4,7 salários mínimos.
A pesquisa também mostra que os salários mais altos foram pagos em São Paulo (2,8 salários mínimos), Rio de Janeiro (2,5 salários mínimos) e Distrito Federal (2,4 salários mínimos). Acre, Roraima e Piauí registraram as remunerações mais baixas, com 1,4 salário mínimo.
O setor teve uma receita bruta de R$ 3,4 trilhões em 2023. São Paulo concentrou 45% desse valor, seguido por Rio de Janeiro (10%) e Minas Gerais (7,8%). O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares se tornou o de maior participação na receita líquida, superando o setor de transportes.