O dólar fechou em queda e se distanciou da marca de R$ 5,50, em um dia de recuperação para o mercado financeiro. A moeda americana encerrou a quarta-feira (20) vendida a R$ 5,473, com uma queda de 0,48%. A baixa da cotação, que chegou a operar em R$ 5,46 na mínima do dia, ocorre após um período de tensões causadas por sanções dos Estados Unidos.
A Bolsa de Valores, por sua vez, registrou uma leve alta. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 134.666 pontos, com valorização de 0,17%. Apesar da recuperação, as ações de bancos, que haviam despencado no dia anterior, não conseguiram reverter todas as perdas da terça-feira.
Tensão no mercado financeiro
A queda do dólar é atribuída a uma combinação de fatores internacionais e internos. A alta do petróleo beneficiou moedas de países emergentes, enquanto a expectativa de um corte de juros nos EUA contribuiu para a desvalorização da moeda americana.
No mercado interno, as tensões começaram após a decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que condicionou o cumprimento de leis estrangeiras no Brasil à aprovação da justiça brasileira. Embora a decisão não mencione explicitamente as sanções dos EUA, ela levantou a preocupação de que bancos brasileiros que operam nos dois países não poderiam cumprir automaticamente as sanções impostas por Donald Trump a ministros do STF. O ministro Alexandre de Moraes, alvo das sanções, afirmou que os bancos brasileiros poderiam ser punidos caso aplicassem as sanções americanas. Flávio Dino rebateu as críticas, afirmando que a queda da bolsa não tem relação com sua decisão.