As exportações brasileiras de carne de frango devem ter uma queda de até 2% em volume em 2025, em comparação com o ano anterior. A previsão é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que atribui a retração aos embargos impostos por grandes compradores, como a China e a União Europeia. Os bloqueios comerciais são uma consequência de um caso de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul em maio deste ano, mesmo com o Brasil já tendo se declarado livre da doença.
Por outro lado, as exportações de ovos estão em ascensão. A ABPA projeta um crescimento recorde de 116,6% até o final de 2025, impulsionado pela alta demanda dos Estados Unidos. O país norte-americano teve sua produção afetada pela gripe aviária, o que fez com que as exportações brasileiras de ovos para lá disparassem 1.419,3% de janeiro a julho.
Cenário para 2026 e desafios futuros
Apesar da queda nas exportações de frango em 2025, a ABPA prevê uma recuperação para 2026, com uma expectativa de crescimento de 5,8% nas vendas. Já a produção nacional de frango deve continuar a expandir, com um aumento projetado de até 3% em 2025 e 2% em 2026.
No caso dos ovos, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, ressaltou que as vendas recordes para os EUA ocorreram antes da tarifa de 50% imposta por Donald Trump, e o impacto dessa medida ainda é incerto. Para 2026, a associação estima um crescimento menor nas exportações de ovos, mas ainda significativo, de 12,5%. A produção nacional do produto também deve crescer, com alta prevista de 7,5% em 2025 e 4,8% em 2026.