A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou julho em 0,26%. O aumento na conta de luz foi o principal fator de pressão, enquanto a queda no preço dos alimentos ajudou a segurar o índice. O IPCA acumulado em 12 meses é de 5,23%, permanecendo acima da meta de 3% e do teto de 4,5%.
A alta da inflação foi impulsionada pelo grupo Habitação, que subiu 0,91%, principalmente por causa do aumento da energia elétrica residencial (3,04%). Segundo o IBGE, a elevação da conta de luz se deu pela manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Reajustes nas tarifas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro também contribuíram.
Alimentos mais baratos e outros grupos
A queda no preço dos alimentos, pelo segundo mês consecutivo, ajudou a aliviar a pressão. O grupo Alimentos e Bebidas recuou 0,27% em julho, a maior queda desde agosto de 2024. A alimentação no domicílio caiu 0,69%, com destaque para a redução nos preços de batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%).
Outros grupos que registraram alta em julho foram Transportes (0,35%), puxado pelo aumento das passagens aéreas (19,92%), e Despesas Pessoais (0,76%), com destaque para o reajuste nos preços das loterias. Em contrapartida, os combustíveis caíram 0,64%, o quarto mês consecutivo de queda.