O Pix está se tornando uma forma de pagamento popular em destinos internacionais visitados por brasileiros. A dentista Tuanny Monteiro Noronha, de Brasília, usou o método em sua viagem para o Paraguai e a Argentina. Em ambos os países, ela notou a ampla aceitação da modalidade, especialmente em lojas e restaurantes.
Apesar de não ser uma função nativa do Banco Central para transações internacionais, o uso do Pix no exterior é viabilizado por empresas privadas, as chamadas fintechs. A tecnologia permite que o lojista gere um QR Code com o valor na moeda local, que é convertido para o real no momento do pagamento.
Essa facilidade é um diferencial, segundo o empresário Alex Hoffmann, da PagBrasil. Ele destaca que o câmbio é garantido na hora, diferente do cartão de crédito, onde a cotação pode variar até o fechamento da fatura. A solução já está disponível em locais como Chile, França, Espanha e, mais recentemente, nos Estados Unidos.
Como o Pix Funciona Fora do Brasil
O Banco Central explica que o sistema depende de um intermediário.
Para usar o Pix no exterior, o pagamento é feito para um prestador de eFX (facilitadoras de pagamentos internacionais). Esse agente, então, realiza uma remessa internacional para o estabelecimento. O Banco Central reconhece que essa prática tem se expandido, mas ressalta que o Pix é usado apenas na etapa doméstica da transação.
A jornalista Verônica Soares, em Paris, utilizou o Pix para converter reais em euros em um aplicativo de conta multimoeda. Ela conta que a praticidade de não precisar de uma casa de câmbio facilitou muito sua viagem.
A Expansão Contínua do Pix
O sistema de pagamentos instantâneos pode chegar a ainda mais locais.
O empresário Alex Hoffmann iniciou a ideia do Pix Internacional após perceber a alta concentração de brasileiros em Punta del Este, no Uruguai. A PagBrasil e a Verifone, maior adquirente dos Estados Unidos, anunciaram recentemente uma parceria para disponibilizar o Pix em tempo real para os visitantes brasileiros. A medida visa atender os mais de 2 milhões de turistas do Brasil que devem viajar para os EUA em 2025.
Alex Hoffmann acredita que o avanço do Pix é “imparável” devido à sua versatilidade e rapidez. Ele ainda aponta que, em breve, o Pix garantido permitirá pagamentos parcelados, como ocorre com cartões de crédito.