O governo federal elevou as alíquotas do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos a partir desta terça-feira (1º), variando entre 25% e 30%. A medida faz parte de um cronograma de reconstituição gradual do imposto, aprovado em novembro de 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), com o objetivo de incentivar a produção nacional.
Novas Alíquotas e Próximas Etapas
As novas alíquotas são as seguintes:
Veículos elétricos: [Inserir nova alíquota]
Veículos híbridos: [Inserir nova alíquota]
Veículos híbridos plug-in: [Inserir nova alíquota]
A etapa final do cronograma prevê que, em julho de 2026, a alíquota para todos os tipos de veículos eletrificados atingirá 35%. Antes do aumento atual, as taxas vigentes de julho de 2024 a 30 de junho de 2025 eram de 18% para elétricos, 25% para híbridos e 20% para híbridos plug-in.
Impacto nas Importações e Pressão da Indústria
Entre janeiro e maio de 2025, os emplacamentos de veículos importados somaram 186.181 unidades, um aumento de 19,3% em relação ao mesmo período de 2024. Desse total, 92.743 são veículos eletrificados, representando quase 50% das importações. No mesmo período, o total de veículos leves e comerciais leves vendidos no Brasil foi de 929.144, o que significa que os eletrificados importados correspondem a cerca de 9,98% do mercado total.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) expressou preocupação com o aumento das importações, que, segundo o presidente Igor Calvet, tem impactado negativamente as vendas de produtos nacionais. Há uma pressão das montadoras com fábricas no Brasil para que a alíquota de 35% seja antecipada. No entanto, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) defende o cumprimento do cronograma estabelecido, afirmando que as empresas já se programaram para os aumentos escalonados.
Investimentos em Produção Nacional
Para contornar as novas alíquotas, montadoras estrangeiras, especialmente as chinesas, estão investindo na produção local. A BYD e a GWM já possuem fábricas no Brasil e, juntas, detêm 55,9% do mercado de carros eletrificados no país, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
A BYD adquiriu a antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA), mas a previsão para o início da fabricação nacional ainda não foi divulgada, em parte devido a questões trabalhistas e obras. A GWM, instalada em Iracemápolis (SP), espera iniciar a pré-produção ainda em julho. A Caoa Chery já monta SUVs em Anápolis (GO) e planeja usar uma unidade em Jacareí (SP) para outras marcas do grupo. Outras montadoras, como GAC Motors e Geely, também estudam instalar fábricas no Brasil.