A TV Brasil exibe nesta segunda-feira (24), às 23h, um novo episódio do Caminhos da Reportagem, com o tema Rompendo o silêncio: a informação que salva mulheres. O programa traz relatos de mulheres que conseguiram sair de ciclos de violência doméstica com apoio de informação, orientação e serviços de acolhimento.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, na pesquisa Visível e Invisível: Vitimização de Meninas e Mulheres de 2024, uma em cada três mulheres no Brasil já sofreu alguma forma de violência. O dia 25 de novembro é marcado como Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência contra a Mulher.
Histórias de superação
Vanusa Pereira, vítima de agressões verbais e físicas durante 12 anos de relacionamento, relata que só conseguiu romper com a violência com apoio da sogra e vizinhos.
Carollyna Oliveira enfrentou agressões mesmo durante a gravidez de sete meses. Ela buscou orientação no Ligue 180, serviço gratuito criado há 20 anos para enfrentamento da violência contra mulheres, que funciona 24 horas por dia e oferece informações sobre direitos, serviços de atendimento e registro de denúncias.
Entre janeiro e outubro de 2025, o Ligue 180 recebeu mais de 870 mil chamados por telefone, WhatsApp, e-mail e videochamadas em Libras. A coordenadora-geral, Ellen dos Santos Costa, reforça que qualquer mulher pode ligar para obter acolhimento, orientação e encaminhamento a serviços especializados.
Rede de proteção
O Ligue 180 está integrado a uma rede de proteção à mulher, que inclui Casas da Mulher Brasileira, Centros de Referência, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas e Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres.
A Casa da Mulher Brasileira oferece, em um único espaço, diversos serviços de proteção e capacitação. Atualmente, existem 11 unidades em operação, com previsão de 42 unidades até o final de 2026, segundo a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.
Exemplo de superação é Rutiely Santos, empresária e cabeleireira no Distrito Federal. Ao se separar do ex-marido e com três filhos pequenos, ela buscou apoio em um curso de capacitação e hoje mantém salão de beleza próprio, melhorando sua condição de vida e a da família.
Renata Gil, conselheira do CNJ, destaca a importância da informação: “É preciso que as mulheres saibam que o que vivenciam em casa se enquadra nas violências previstas na Lei Maria da Penha, promovendo conhecimento e conscientização”.











































