Crianças da rede pública de ensino vão ao cinema e se encantam com história sobre amizade e combate ao preconceito
Exibição especial reuniu elenco infantil, colegas de escola, familiares e equipe técnica no Cinelaser, em Porto Velho (RO).
Por Casa do Rio - 50
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foto - Casa do Rio
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Sala cheia, luzes apagadas e olhos de encantamento voltados para a grande tela marcaram um momento especial para o elenco infantil de “Kika Não Foi Convidada”. O curta-metragem teve uma sessão especial no Cinelaser, em Porto Velho (RO), que reuniu familiares, colegas de escola e parte da equipe técnica. A produção também foi exibida em escolas públicas da capital, aproximando a arte do ambiente escolar.
Emoção e descobertas no cinema
Para muitas crianças, essa foi a primeira vez em uma sala de cinema. “Foi uma experiência muito louca, porque eu nunca tinha visto um filme no cinema. Então foi muito estranho, mas também muito bom”, contou Arthur Penteado, intérprete de Enzo. “Tem vezes que parecia eu, mas depois parecia o Enzo”, completou, ainda encantado com a experiência.
João Pedro Ferreira, que vive Jordson, melhor amigo de Kika, também se emocionou:
“Foi a minha primeira vez me vendo numa tela de cinema. Minha mãe e meu pai quase choraram. Eles amaram.”
O jovem ator ainda refletiu sobre a mensagem do filme:
“Espero que as pessoas se emocionem e aprendam que não pode ter preconceito com pessoas pobres e negras, porque isso machuca e entristece.”
Exibições em escolas públicas
A exibição no Cinelaser aconteceu como parte do projeto “Cine Escola Janelas Para o Mundo”, realizado pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho (SEMED).
Além do cinema, o curta foi apresentado em comunidades e escolas públicas, levando cultura e lazer a regiões com poucas opções de entretenimento. A obra foi exibida na Escola Estadual Tancredo Neves, na Escola Municipal Raimundo Augustinho e na Associação Cultural e Esportiva Jamaica, todas na zona Sul da capital.
“Para nós foi uma alegria muito grande receber o filme aqui na escola, até porque nossa comunidade não tem essa oportunidade sempre. Foi um momento ímpar”, afirmou Diany Schneider, diretora da Escola Raimundo Augustinho.
foto – Casa do Rio
Kenny Frazão, arte-educadora da SEMED, destacou a importância da arte no ambiente escolar:
“Arte e educação andam juntas, porque são forças capazes de transformar o sujeito no pensar, no agir e no falar. Projetos como esse são riquíssimos e precisam acontecer mais vezes nas escolas. Ganha todo mundo.”
Um filme nascido da memória e guiado pela escuta
Escrito e dirigido por Juraci Júnior, o curta nasceu de uma lembrança de infância do próprio diretor, quando uma colega — a Kika da vida real — foi excluída de uma festa.
“Aquele registro ficou comigo por toda a vida. Agora, adulto e artista, quis transformar essa memória em uma história sobre acolhimento e empatia”, contou Juraci.
O cineasta relatou a emoção de ver as crianças se reconhecendo na tela:
“Ver o rostinho do Jordson, da Kika, do Enzo, eles sorrindo, chorando, se vendo naquela tela enorme, que às vezes é uma realidade distante da deles, foi a maior realização. Esse filme é por eles e para eles.”
A produção foi pensada para garantir um ambiente de respeito e proteção à infância. As crianças foram selecionadas por meio de oficinas de teatro e recreação, sem testes formais, buscando espontaneidade e autenticidade. Todo o processo contou com o acompanhamento psicológico de Anne Cleyanne e preparação de elenco conduzida com o ator Francisco Gaspar.
“Queríamos crianças livres, que quisessem brincar de contar histórias. Investigamos como elas entendem sentimentos como tristeza, alegria e preconceito, e o resultado está na tela, vivo e verdadeiro”, resume Juraci.
O curta foi contemplado pelo Edital nº 01/2024 – SEJUCEL – Audiovisual – Bolsas para Artes em Vídeo – Lei Paulo Gustavo e deve iniciar circulação em festivais de cinema a partir de 2026.
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