O cinema rondoniense foi destaque no Festival de Cinema da Amazônia, realizado de 17 a 21 de setembro no Teatro Amazonas, em Manaus. Ao todo, sete produções de Rondônia foram selecionadas para o evento, conquistando premiações importantes e reafirmando a força da produção audiovisual rondoniense. Entre os destaques está o curta metragem “Mucura”, contemplado pelo Edital nº 01/2024/SEJUCEL – LPG – Audiovisual: Bolsas para Artes em Vídeo, da Lei Paulo Gustavo, que levou dois prêmios: Melhor Direção de Arte na amostra Amazônia, a principal mostra do festival, para Fabiano Barros e Luciano Queiroz, e Melhor Filme Júri Jovem, sob direção de Fabiano Barros.
Além dele, produções independentes de Rondônia também foram reconhecidas. A atriz Kaline Leigue recebeu o prêmio de consultoria com o filme A Memória que Ficou, enquanto Assim Aprendi a Voar, dirigido por Antônio Fargoni e estrelado por Guilherme Sussuarana, ganhou Menção Honrosa.
PRODUÇÕES PREMIADAS
- Mucura – Acompanha Marta (Kaline Leigue), que vive momentos de medo e delírio em uma casa marcada por silêncios e sombras. A narrativa explora memória, trauma e imaginação.
- A Memória que Ficou – Em busca das memórias perdidas de sua avó, a artista recria imagens, cores e sons para resgatar a essência de uma mulher que não conheceu, transformando lembranças em sementes de futuro.
- Assim Aprendi a Voar – A trajetória de Guilherme, que enfrenta dificuldades para conseguir um novo emprego e encontra no cinema a transformação necessária para seguir em frente.
INCENTIVO

O reconhecimento dos filmes rondoniense no festival contou também com suporte logístico. O governo do estado também apoiou quatro artistas com passagens aéreas para participarem da premiação: Guilherme Sussuarana Terra, Sabrina Bandeira de Almeida, Anderson Benvindo de Oliveira Lins Pereira e Geanderson Mosini Borges Aguiar.
O cineasta Fabiano Barros, premiado pelo filme “Mucura”, destacou a importância das políticas públicas implementadas pelo governo do estado, “Sabemos como é difícil fazer cinema se não for pelas políticas públicas. Esse prêmio mostra que vale a pena investir na cultura e no cinema rondoniense. Quando o poder público acredita, conseguimos colocar Rondônia no mundo.”
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha é um momento histórico para o estado. “Ver nossos artistas conquistando espaço e reconhecimento em um festival tão importante mostra que o investimento em cultura transforma vidas e projeta o talento do nosso estado para além das nossas fronteiras,” pontuou.
Segundo o secretário da Sejucel, Paulo Higo Ferreira, o cinema rondoniense tem mostrado seu potencial e os editais, como o da Lei Paulo Gustavo, estão sendo fundamentais para que essas histórias sejam contadas. “O resultado no Festival da Amazônia prova que as políticas públicas desenvolvidas pelo governo do estado fortalecem a cultura de Rondônia,” ressaltou.
CULTURA EM ASCENSÃO
A presença expressiva de Rondônia no festival foi destacada pelo apresentador do evento, Juraci Júnior, que falou sobre o número recorde de filmes do estado só foi possível graças às políticas públicas culturais. “Pela primeira vez, Rondônia apresenta um número expressivo de filmes no festival, e isso é resultado direto das políticas públicas culturais. Quando os editais realmente funcionam e chegam até os artistas, eles conseguem transformar seus projetos em obras concretas. É uma alegria imensa, em nome do Festival de Cinema da Amazônia, receber tantas produções de qualidade e ver Rondônia em destaque, conquistando premiações e reconhecimento.”
A artista Kaline Leigue também celebrou. “Foi uma noite muito especial. Ganhar reconhecimento no festival com o filme “Mucura” e ainda ser surpreendida com o prêmio pelo meu filme “A Memória que Ficou” é algo que me inspira ainda mais a criar novas obras.”