Está em fase de gravação o filme “A cidade que não existe mais”, longa-metragem que vai resgatar a história do surgimento do primeiro município localizado no território atual de Rondônia. A obra se debruça sobre Santo Antônio do Rio Madeira, cidade extinta em 1945, mas que já foi a maior em extensão territorial no mundo.
A produção tem como base o livro homônimo escrito por Júlio Olivar, que também atua como consultor histórico da obra. Com 72 minutos de duração, o documentário retrata desde os primeiros contatos jesuítas com os indígenas Mura no século 18, até os eventos mais marcantes da região, como a mesa de renda, a Comissão Telegráfica Rondon e a epopeia da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Do passado indígena ao símbolo ferroviário
Originalmente território indígena, Santo Antônio foi alvo de missões jesuítas, mas estas foram expulsas pelos Mura. Séculos depois, o local ganhou importância estratégica e econômica com a instalação de serviços fiscais e o avanço das comunicações e ferrovias. Foi também ponto-chave na trajetória de Marechal Cândido Rondon.
O município desapareceu do mapa em meados do século XX, mas sua relevância histórica persiste na memória cultural e agora ganhará as telas do cinema rondoniense.
Homenagem e apoio cultural
O filme será dedicado à memória de Patrícia Civelli, produtora cultural e defensora do legado histórico de Rondon, falecida em 12 de julho de 2025, dias antes do início das gravações. A produção é realizada com apoio do Governo de Rondônia, por meio da Lei Paulo Gustavo, via Edital 11 da Sejucel, destinado ao fomento de obras audiovisuais no estado.
A estreia está prevista para dezembro de 2025, com expectativa de alcançar público em festivais, redes públicas de exibição e plataformas digitais.