O TAPIRI – CINEMA DA FLORESTA apresenta produções rondonienses que destacam a ancestralidade e a sociedade atual, temas que dialogam com a realidade recente e trazem reflexões importantes e necessárias.
A programação semanal vem conquistando público que tem acesso as produções audiovisuais locais de forma gratuita. Após a realização das sessões é realizado bate-papo com os idealizadores, esclarecendo dúvidas e falando sobre curiosidades dos bastidores. O acesso as sessões é gratuita e com acessibilidade em Libras. Projeto contemplado no Edital nº 06/2024/SEJUCEL-SIEC/LPG.
SAGRADO DO DIVINO
O filme, com duração aproximada de 10 minutos, revela o processo que a mestra Guaporeana Maria Valdelice utiliza na confecção da chicha, bebida que utiliza o milho e que é servida como um elemento ritual de caráter sagrado e de exaltação a cultura negra e a fé dos devotos, aos meninos cantores, o violeiro e aos doze remadores que conduz o batelão e que margeiam com as insígnias: a coroa, o cetro e a salva; a pomba, que representa a paz, o amor e a humildade; e pôr fim a bandeira do Divino, que é o símbolo que inicia as festividades ao longo do Rio Guaporé, no Vale do Guaporé, no Estado de Rondônia/Brasil na fronteira da Bolívia.
São depoimentos e imagens, que destacam a importância da chicha na celebração do Divino Espírito Santo, servindo como elemento de comunhão, resistência e preservação das tradições ancestrais indígenas, quilombolas, ribeirinhas e bolivianas.
“O Sagrado do Divino” é uma iniciativa que busca registrar e valorizar uma prática cultural que resiste há mais de 126 anos, reforçando a importância do patrimônio imaterial para a identidade das comunidades do Vale do Guaporé. A obra evidencia o papel da cultura como fonte de sustento espiritual e físico, promovendo o reconhecimento e a preservação dessas tradições para as futuras gerações.
Projeto selecionado no Edital nª 01/2024 – SEJUCEL – Audiovisual – Bolsas para Artes em Vídeo.
COMO MATAR UM RIO
Sinopse: Como matar um rio adota uma abordagem estética que enfatiza a beleza natural e a riqueza cultural das comunidades ribeirinhas. Visualmente, o documentário é marcado por imagens cinematográficas deslumbrantes do Rio Madeira e da floresta Amazônica, capturando a biodiversidade e a majestade do ambiente e traz também as consequências da crise climáticas e seus efeitos na vida das comunidades.
O filme conta com a participação especial de Neidinha e TXAI Suruí, com destaque para a crise climática vivida por todos os Rondoniense em 2024.
A produção foi viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo por meio edital 001/2023 Funcultural, Prefeitura Municipal de Porto Velho, Ministério da Cultura e do Governo Federal.