Livro: A Hipótese do Amor
Autora: Ali Hazelwood
Páginas: 331
Editora: Arqueiro
Sinopse:
“Olive Smith, aluna do doutorado em biologia da Universidade de Stanford, acredita na ciência, não em algo incontrolável como o amor.
Depois de sair algumas vezes com Jeremy, ela percebe que sua melhor amiga gosta dele e decide juntar os dois. Para mostrar que está feliz com essa escolha, Olive precisa ser convincente – afinal, cientistas exigem provas.
Sem muitas opções, ela resolve inventar um namoro de mentira e, num momento de pânico, beija o primeiro homem que vê pela frente.
O problema é que esse homem é Adam Carlsen, um jovem professor de prestígio – conhecido por levar os alunos às lágrimas. Por isso, Olive fica chocada quando o tirano dos laboratórios concorda em levar adiante a farsa e fingir ser seu namorado.
De repete, seu pequeno experimento parece perigosamente próximo da combustão e aquela pequena possibilidade científica, que era apenas uma hipótese sobre o amor, transforma-se em algo totalmente inesperado.”
“A Hipótese do Amor” é um dos melhores romances contemporâneos do momento. Ali Hazelwood escreveu uma história envolvente, com personagens cativantes, rica em detalhes e enredo fantástico. Após ficar totalmente presa às páginas e finalizar a história com um sorriso no rosto e completamente apaixonada, compreendi o motivo do alvoroço no Tik Tok. E, só para constar, o livro vale todo o hype!
O livro explora o universo da ciência, o mundo acadêmico e toda história se desenvolve entre laboratórios, pesquisas, teses, congressos. Mostra também as dificuldades de doutorados e doutorandos. Em “A Hipótese do Amor”, a protagonista Olive Smith é uma cientista brilhante, mas bastante insegura quanto suas habilidades sociais profissionais e mesmo com todos os medos e hesitações, ela é adorável, dedicada e divertida, dona de humor debochado e respostas rápidas.
O protagonista Adam Carlsen, por outro lado, é um cientista renomado, confiante, rigoroso, hostil, inacessível, rabugento e completamente mal-humorado. O livro poderia ser classificado enganosamente como HATE TO LOVE, devido às diferenças de personalidade, mas, na verdade, a história se encaixa perfeitamente na categoria FAKE DATING, já que com Olive, Adam é sempre atencioso, amigável, gentil…
A beleza da história e o que a torna especial é justamente o fato de o namoro de mentira envolver duas pessoas bem diferentes, mas que se dão bem desde o início. Oliver conhecia a fama de mal do DR. Carlsen e foi surpreendia por um lado carinhoso e cuidadoso que ninguém conhecia.
Seus encontros foram marcados, por conversas “quase sinceras” e piadinhas internas repletas de sarcasmo. Achei muito divertido acompanhar a mudança de comportamento do Adam na presença de Oliver, a maneira como os dois interagem e a evolução da amizade para o romance.
Não podemos deixar de citar que “A Hipótese do Amor” é um livro adulto, mas com um grande diferencial, o foco da história passa longe da erotização excessiva, e sim, na confiança, já que Olive é demissexual e só passou a sentir atração sexual por Adam depois de sentir um vínculo emocional e afetivo com o cientista.
A autora aborda também a questão do machismo e assédio sexual no meio acadêmico. Na trama, esse assunto gera momentos dramáticos e de muita tensão até ser levado à tona.
A história é narrada em 3ª pessoa pela perspectiva de Oliver e mesmo, preferindo os livros narrados em 1ª pessoa, a escrita da Ali Hazelwood é tão fluída, perspicaz e divertida que não prejudicou nem um pouco minha experiência com a leitura.
Se eu pudesse, classificava “A Hipótese do Amor” com 6 estrelas. Recomendo demais esse livro.
Boa leitura!