Por Emerson Barbosa
O Território, do diretor estadunidense Alex Pritz, obteve mais uma gloriosa vitória diante da Sétima Arte. Desta vez, o filme gravado por indígenas Uru-eu-Wau-Wau, venceu o Prêmio George Foster Peabody por documentário. O Território listava entre 13 indicações anunciadas no mês de abril. Os vencedores do 83º Prêmio Peabody Awards receberão suas estatuetas numa cerimônia prevista para o dia 11 de junho, em Los Angeles, no Beverly Wilshire Hotel.
Os escolhidos foram divulgados esta semana na página oficial do Prêmio que ocorre desde 1941 ao ser criado no Grady College of Journalism and Mass Communication da Universidade da Geórgia. O Peabody se intitula como importante honraria prezando o valor crítico e de qualidade de obras concebidas na televisão, podcast, rádio e mídia de streaming. Os participantes são julgados por um Conselho de Jurados composto por 32 jornalistas associados.
Este ano foram selecionadas pouco mais de 1.400 produções abrangendo as áreas de entretenimento, documentário, notícias, podcast-rádio, artes, infantil e juvenil e programação de serviço público. Também em 2023, o Peabody passou a contabilizar projetos interativos e imersivos, inclusive nas áreas de realidade virtual, realidade aumentada, documentário e jornalismo interativo, vídeo social e cocriação, descreve a premiação.
Ao saber da vitória, alguns integrantes que participam do projeto não hesitaram em comemorar. “Ganhamos mais um prêmio com o filme O Território”, disse a coordenadora da Associação Etnoambiental Kanindé, Neidinha Cardozo que segue para os Estados Unidos falar da importância da obra como objeto de denúncia dos crimes ambientais, na Amazônia brasileira.
Lançado em 2022, O Território que conta com imagens reais a luta do povo Uru-eu-Wau-Wau contra o desmatamento e a invasão da sua própria terra em Rondônia, já venceu 34 prêmios, a maioria em festivais fora do país. Também no ano passado, a película esteve entre os finalistas para concorrer ao Oscar pela categoria documentário (Longa-Metragem).