Por Emerson Barbosa
O encontro dois bois-bumbás Malhadinho e Flor do Campo na cidade de Guajará-Mirim já reuniu milhares de expectadores, inclusive, com casa cheia em todas as edições. ‘Duelo da Fronteira’ como é conhecido marcou época revelando histórias por trás dos dois bumbás de Rondônia.
Foto: J.Teixeira
O festival viu nascer gerações, jovens que cresceram carregando o amor por duas cores. O azul e branco do Malhadinho no Bairro 10 de Abril e o Vermelho e Branco, do Flor do Campo. O último deles fundado pela professora paraense Georgina Ramos da Costa, na Escola Almirante Tamandaré ao fundo da sua residência.
A brincante número nº 1 do bumbá se despediu da vida no dia 26 de abril, aos 84 anos sem ter a chance de assistir a uma última apresentação. Flor do Campo foi criado por Georgina há 42 para ser uma atividade escolar, mas acabou consagrado como um personagem de uma das maiores festas folclóricas do estado de Rondônia.
Georgina Ramos
Desde 2019, os bumbás não se encontram, não duelam entre eles e muitos dividem uma cidade que carinhosamente é conhecida como “Perola do Mamoré”. Às vezes é preciso sair de cena para em entrar em sintonia com novos ciclos, repensar o cenário e apostar em um retorno. Na expectativa do festival já para 2023, um grupo de brincantes dos dois bois-bumbás resolveram unir forças. A atividade inicial será com uma limpeza dos barracões.
Foto: J. Teixeira
A Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo, (Semcet) tem apostado na iniciativa. Em entrevista ao site Guajará Notícias, o titular da pasta Ricardo Maia acompanha com esperança essa possível volta.
Atividade de limpeza dos locais é prevista para este próximo sábado, (06), na certeza de movimentar os brincantes para a festa popular que já foi apontada como o segundo maior festival de bumbás da Região Norte.