“Ninguém sai indiferente ao que as duas mostras tentam transmitir”, afirma a expositora Elizabete Christofoletti.
“As duas exposições estão bem elaboradas, levando o visitante a fazer uma reflexão a respeito do amor e da valorização à vida em um momento em que se discute tanto essas duas questões”, afirmou o artista plástico Flávio Ducke ao falar sobre as mostras multimídia “O Amor é Filho do Tempo” e “Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos”, que encerra nesta sexta-feira (19/4) na Casa Ruante, em Porto Velho.
A Casa Ruante fica na rua José Bonifácio – 1295, entre Calama e Abunã. A mostra é gratuita e aberta ao público no horário das 16 às 20 horas. A classificação é 14 anos. As escolas interessadas em marcar um horário para levar os alunos para conhecer a exposição deve ligar no telefone 3224-2070. A atividade é promovida pelo Coletivo Madeirista.
A mostra aborda o amor, a vida e a morte. “Ela resgata o que temos de mais importante como seres humanos, que é o amor ao próximo, desprovido de ego”, declara Flávio. Para ele, se quisermos entender a vida, faz-se necessário compreender a morte, tema da exposição “Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos”.
Elizabete Christofoletti, que assina “O Amor é Filho do Tempo”, afirma que ninguém sai indiferente ao que as duas exposições tentam transmitir. “É uma catarse”, destaca.
Hamlet
O trabalho de Elizabete (O Amor é Filho do Tempo) é referenciado na obra literária de “Hamlet”, de William Shakespeare. De acordo com o curador da exposição, Joesér Alvarez, a exposição utiliza fragmento, em vídeo, do espetáculo Hamlet, no qual o personagem shakespeariano toma consciência de si ao sentir-se traído por Ofélia, sua esposa, caindo em desilusão profunda.
O visitante também pode interagir nesse ambiente shakespeariano, composto por uma cama, fitas coloridas e binóculos com fotos de cenas de amor produzidas com bonecos de plástico. Há ainda no ambiente, objetos (tapetes) que aguçam os cinco sentidos dos que passam pelo espaço.
“Nós Que Aqui Estamos…”
Já o trabalho fotográfico “Nós Que Aqui Estamos por Vós Esperamos”, contemplado com o prêmio de fotografia Dana Merril/2017, da Superintendência Estadual de Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), aborda, de acordo com Joesér, uma temática fúnebre, ao incluir imagens de pessoas que morreram.
“São retratos atemporais produzidos de forma artística, em uma poética lúgubre, com a proposta de celebrar a vida”, observou. “É um convite a uma reflexão sobre o valor do tempo presente como a maior dádiva da vida”, concluiu.
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