Porto Velho, RONDÔNIA – Empregados da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) receberam, nesta quarta-feira, 15, a solidariedade de comandantes militares sediados no Estado no que concerne à luta pela preservação, conservação e higienização do seu Complexo Ferroviário.
A categoria foi ao General da 17ª Brigada e ao Comandante da 5º Batalhão de Engenharia e Construção (5º BEC), respectivamente, General de Brigada José Eduardo Leal de Oliveira e o Tenente-Coronel, Emerson da Silva Moraes, onde tratou do remanejamento de peças do acervo ainda jogadas ao relento para dentro das oficinas.
Na agenda com o Comandante do 5º BEC, em dever de oficio e resgate, dirigentes da Associação dos Ferroviários da Madeira Mamoré pleitearam a cessão de um caminhão-Munck para içar, de um lugar para o interior dos armazéns, rodas, trilhos e geradores no fundo do pátio que vem sendo furtados, supostamente, por encomenda para ferro-velho.
A decisão tomada pelo Comandante Militar, com a autorização do General da 17ª Brigada, garantiu aos ferroviários um veículo usado para transporte de material pesado e deslocamento rápido, “ideal para o trabalho de armazenamento das peças das locomotivas cobiçadas pelos ladrões que infestam o entorno do Complexo”, afirma George Telles, o Carioca.
No Quartel General da 17ª Brigada, de pronto, como vem fazendo em outras situações em que a Associação dos Ferroviários recorre ao apoio da instituição, como na cessão da Banda de Música às datas comemorativas, “o pedido foi aceito”, como também nas demandas de limpeza e higienização de trilhos até ao limite do Cai N’Água.
Na questão das peças, a participação dos militares foi considerada pelos dirigentes da ASFEMM, José Bispo Grande, 84 anos, e George Telles, “como de importância fundamental”, vez que onde o Estado e o Município não têm dado contribuição, “é a 17ª Brigada que tem nos dado as mãos, como na cheia histórica de 2014”, completaram.
Como diretriz da ASFEMM para este final de ano, o objetivo é buscar parceiros para apoiarem projetos de preservação e revitalização do patrimônio cultural dos porto-velhenses e outros que integram a Cidade Antiga de Porto Velho (patrimônio material e imaterial, acervos memorais e instituições reconhecidamente portadoras da identidade cultural, arquitetônica e paisagística) que ao que parece “ainda não mereceu a atenção do poder público e político nativo”, alerta José Bispo.
A limpeza e a higienização de peças do acervo do Complexo Ferroviário, além de sua preservação e revitalização, estão previstas na Portaria 231/2007 e no Decreto-Lei 025 de 1937.
A ação pedida à 17ª Brigada, nas pessoas dos comandantes militares Emerson da Silva Moraes (cujo pai trabalhou a partir de 1966 na EFMM) e ao General, José Eduardo Leal de Oliveira, destaca muito bem a importância que tem o Exército Brasileiro na atenção com a preservação e revitalização da Madeira Mamoré, arrematou Carioca.