O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para suspender a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
O petista está preso em Curitiba desde abril de 2018, quando foi condenado a 8 anos de cadeia no caso do triplex do Guarujá. Mais cedo, a juíza substituta Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba autorizou a transferência do petista. A juíza argumenta que os custos humanos e financeiros para manter Lula na Superintendência da Polícia Federal são altos.
A defesa, por sua vez, discordou da mudança. O advogado Cristiano Zanin pediu ao STF a suspensão da análise do pedido da Superintendência da Polícia Federal até o julgamento final do habeas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa pede a nulidade da condenação de Lula.
Relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin foi o primeiro a votar a favor da suspensão da decisão da Justiça Federal de Curitiba que havia determinado, a pedido da Polícia Federal (PF), a transferência do ex-presidente para instituição prisional de São Paulo.
“A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal deverá retomar em breve o julgamento do mérito do habeas corpus que apresentamos com o objetivo de reconhecer a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e a consequente nulidade de todo o processo e o restabelecimento da liberdade plena de Lula”, explicou o advogado.