Produtores rurais de Rondônia entraram em estado de atenção após o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmar a presença de espécimes suspeitas de mosca-da-carambola no Amazonas, estado vizinho. A praga, considerada quarentenária e de alto risco econômico, é conhecida por atacar não só a carambola, mas também culturas importantes para a região Norte, como manga, goiaba, jambu, caju, laranja e acerola.

Segundo o Mapa, a detecção precoce feita pelo Programa Nacional de Vigilância é fundamental para impedir que a praga avance para outras áreas do país. Atualmente, mais de 11 mil armadilhas estão distribuídas pelo território brasileiro para monitoramento contínuo, incluindo pontos estratégicos próximos às fronteiras de Rondônia.
Introduzida no Brasil em 1996 pelo estado do Amapá, a mosca-da-carambola já é responsável por prejuízos significativos em regiões afetadas, impactando diretamente a produção, aumentando custos de manejo e podendo limitar a exportação de frutas frescas. Em Rondônia, onde a fruticultura tem ganhado espaço e renda nas pequenas propriedades, a chegada da praga seria um duro golpe para agricultores e para o mercado local.

O Mapa enfatiza que a participação dos produtores é essencial. A recomendação é redobrar a atenção em áreas de frutificação, evitar trânsito de frutos sem inspeção e comunicar imediatamente qualquer suspeita aos serviços de defesa agropecuária. A prevenção é, neste momento, a principal ferramenta para manter Rondônia livre da praga.
A MOSCA MALDITA
A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária considerada de alto risco pela capacidade de atacar diversas frutíferas e causar grandes prejuízos econômicos. O inseto deposita seus ovos dentro dos frutos, e as larvas se alimentam da polpa, fazendo com que eles apodreçam ainda no pé ou percam totalmente o valor comercial. Quando se instala em uma região, pode reduzir drasticamente a produtividade dos pomares, elevar custos de controle e até impedir a exportação de frutas, já que países importadores exigem áreas livres da mosca para liberar o comércio. Por isso, a detecção precoce e o monitoramento constante são essenciais para evitar impactos severos na fruticultura.








































