A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semagric), realizou na última terça-feira (15) uma inspeção técnica na futura instalação da Casa do Mel, agroindústria que está sendo implantada na zona rural da capital para beneficiar o mel produzido por apicultores locais.
A vistoria foi conduzida pela equipe técnica do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), acompanhada pelo secretário da Semagric, Rodrigo Ribeiro, para verificar as condições estruturais e os requisitos necessários para a liberação do Certificado de Inspeção Municipal (CIM) — documento essencial para a comercialização legal do produto em mercados formais.
Durante a visita, Rodrigo Ribeiro destacou o apoio da gestão municipal à cadeia produtiva do mel. “A Prefeitura tem intensificado o incentivo à apicultura, promovendo oficinas, capacitações e suporte técnico. O objetivo é garantir a regularização da produção e ampliar o fornecimento para programas como a merenda escolar, oferecendo um alimento seguro e de qualidade”, disse.
Apoio técnico e geração de renda
A médica veterinária Ana Luzia Souza Barros, gerente da Divisão de Inspeção Sanitária da Semagric, explicou que ainda são necessárias adequações na estrutura física para atender às exigências legais. “Estamos ajustando detalhes para garantir o processamento do mel dentro dos padrões sanitários. A segurança alimentar é prioridade”, enfatizou.
A Casa do Mel é fruto da união de apicultores locais, com apoio do poder público, e representa um marco para os produtores. Um dos idealizadores do projeto, o apicultor Josuel Ravani, que atua há mais de 30 anos na atividade, celebrou o avanço: “É a realização de um sonho antigo. Com essa estrutura, poderemos vender nosso mel dentro da lei, com qualidade e segurança. Isso abre novos mercados e muda nossa realidade”.
Com o início das operações, a expectativa é gerar pelo menos quatro empregos diretos e diversas oportunidades indiretas, movimentando o comércio local e fortalecendo o desenvolvimento rural. Além disso, a agroindústria terá capacidade para fornecer ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), garantindo o escoamento da produção e a oferta de um alimento nutritivo e de procedência segura para estudantes da rede municipal.