Os pleitos brasileiros para o reconhecimento do chamado Bloco I receberam parecer favorável da Organização Mundial da Saúde (OIE). Isso significa que a partir de agora, os estados de Rondônia, Acre e parte do Amazonas, assim com o Paraná, Rio Grande do Sul e do Mato Grosso são considerados livres de febre aftosa sem a vacinação. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), aos governadores dos estados contemplados.
O parecer favorável da OIE foi avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da Organização. Desde o ano passado, os estados, já tinha o reconhecimento pelo Ministério da Agricultura.
O conhecimento sanitário garante que empresas fixadas nestes estados negociem as exportações dos produtos diretamente com o mercado internacional, que não permitem o uso da vacina, acreditando na imunização total do rebanho. Para o Ministério da Agricultura, a pretensão do governo brasileiro é tornar todo o país livre da doença.
Para o estado de Rondônia que concentra o sexto maior rebanho brasileiro, com cerca de 14 milhões, a expectativa está na redução de perdas e o aumento das exportações que deverá fechar este ano com aumento de 756 milhões de dólares.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), os esforços dos médicos-veterinários, produtores rurais e demais integrantes da cadeia produtiva foram fundamentais para essa conquista. Ainda segundo a instituição, todos terão um papel fundamental na manutenção dessa nova condição sanitária, a partir da vigilância constante dos rebanhos.