A massa do buraco negro BH3 foi calculada com base em informação registrada pelo telescópio VLT do OES, no Chile, e outros telescópios em terra.
Os pesquisadores André Moitinho e Márcia Barros, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, assinam o trabalho, publicado na revista científica Astronomy & Astrophysics.
Os buracos negros estelares se formam a partir da explosão de uma grande estrela e os da Via Láctea são, em média, menos densos do que o BH3 – têm cerca de 10 vezes a massa do Sol.
O BH3 está a 2 mil anos-luz da Terra, na Constelação da Águia, sendo “o segundo buraco negro mais próximo” da Terra, acrescenta o observatório.
Os dados colhidos pelo telescópio VLT revelam que a companheira da estrela que orbita o buraco negro é pobre em metais, o que sugere, de acordo com os autores do trabalho, que “a estrela que colapsou para formar o BH3 seria também pobre em metais, como previsto pela teoria”.
A Missão Gaia, da ESA, foi lançada em 2013 e tem uma sonda no espaço para mapear a Via Láctea, galáxia onde se situa o Sistema Solar, do qual a Terra faz parte.