A X Corp., empresa controladora da rede social X, entrou com uma ação judicial contra a startup Bluebird, acusando-a de tentar se apropriar indevidamente da marca Twitter, antigo nome da plataforma. A companhia de Elon Musk sustenta que a iniciativa busca explorar uma marca mundialmente reconhecida, mesmo sem deter seus direitos legais.
De acordo com o processo, a Bluebird anunciou planos para relançar uma rede social utilizando o nome Twitter, além de elementos visuais, cores e estilo comercial que ainda são amplamente associados à antiga identidade da plataforma. A X Corp. afirma que essa estratégia pode confundir consumidores e violar direitos de propriedade intelectual ainda vigentes.
Embora reconheça que não possui oficialmente as marcas do Twitter, a Bluebird sustenta que a X teria abandonado os direitos sobre o nome após a mudança de marca, ocorrida em meados de 2023. Com base nesse argumento, a startup protocolou um pedido no Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO) solicitando o cancelamento dos registros vinculados à X Corp.
A empresa de Musk contesta essa tese e afirma que a mudança para o nome X não representa abandono da marca anterior. Segundo a ação, o reconhecimento do nome Twitter permanece ativo “de diversas formas”, incluindo o fato de que o domínio twitter.com segue redirecionando usuários para x.com, com milhões de acessos mensais ainda realizados por meio do endereço antigo.
“O Twitter é uma das marcas mais reconhecidas do mundo e pertence à X Corp. Uma mudança de marca não equivale ao abandono dos direitos de marca registrada”, argumenta a empresa nos autos. Para a companhia, a tentativa da Bluebird representa uma apropriação oportunista de um ativo consolidado no imaginário global.
Do outro lado, representantes da Bluebird afirmam que seguirão com a ofensiva jurídica. Segundo a defesa, o pedido de cancelamento do registro se baseia em fundamentos legais previstos na legislação de marcas registradas dos Estados Unidos, e a startup estaria disposta a levar a disputa até as últimas instâncias.
O caso adiciona mais um capítulo à complexa transição da antiga rede social Twitter para a identidade X, processo que continua gerando impactos jurídicos, comerciais e simbólicos no mercado global de tecnologia.





































