Rodar Doom em qualquer coisa virou um esporte entre entusiastas da tecnologia, mas o youtuber Jon Bringus levou essa tradição a outro patamar ao adaptar uma impressora térmica Epson TM-T88V-DT para executar o clássico de 1993. Por dentro, a máquina tem um processador Intel Atom e 4 GB de RAM, mas nada disso diminui o feito: transformar uma térmica de balcão em videogame exige persistência — e algum senso de humor.
O maior desafio não foi rodar o jogo, e sim jogá-lo. A impressora leva cerca de quatro segundos para liberar cada pedaço de papel, criando um atraso enorme entre o comando e a ação. Quando o inimigo finalmente aparecia no rolo, o momento de reagir já havia passado. O próprio deslocamento do papel embaralhava frames e gerava metros de bobina consumidos em minutos.
A adaptação exigiu contornar limitações de drivers antigos e até o risco de superaquecimento da cabeça térmica, já que Doom possui muitas áreas escuras. Para evitar que a impressora travasse, Bringus criou um software próprio, aplicando dithering e ajustando brilho e contraste em tempo real para que cada frame fosse “imprimível”.
O experimento entra para a lista de dispositivos improváveis que já rodaram o jogo — de caixas eletrônicos a testes de gravidez — e mostra, mais uma vez, como projetos assim vão além da curiosidade. Eles celebram a engenhosidade, exploram os limites do hardware e mantêm vivo esse espírito criativo que sempre fez parte da cultura hacker.
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