Nos dias 11 e 12 de novembro, durante o 2º Encontro de Prefeitos, Prefeitas e Secretários Municipais de Rondônia, um dos painéis mais aguardados será sobre o BIM – Building Information Modeling. Em um cenário em que inovação e inteligência artificial ganham espaço na gestão pública, o BIM surge como peça-chave para modernizar as obras públicas, tornando-as mais eficientes, transparentes e sustentáveis.
O que é o BIM e por que ele é revolucionário
O BIM representa um salto tecnológico no ambiente da construção civil. Trata-se de uma metodologia digital que integra planejamento, execução e manutenção de edificações e infraestruturas, unindo geometria 3D, cronograma, orçamento e compatibilização técnica entre disciplinas.
Com o BIM, é possível simular obras, prever custos, reduzir retrabalhos e otimizar o ciclo de vida do ativo público — da concepção à manutenção. A metodologia também melhora a transparência e a fiscalização, uma vez que todos os dados ficam integrados e atualizados em tempo real.
Marco legal: exigência obrigatória em obras públicas
O Decreto Federal nº 10.306/2020 institui o uso gradual do BIM por órgãos públicos federais.
Desde janeiro de 2024, o uso da metodologia passou a ser obrigatório em projetos de engenharia e arquitetura, além do gerenciamento de obras, devendo alcançar a fase de manutenção e operação até 2028.
Já a Lei nº 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações e Contratos) determina que, sempre que possível, as licitações de obras e serviços de engenharia adotem preferencialmente o BIM, exigindo que gestores públicos e empresas contratadas incorporem essa tecnologia em seus processos.
Economia, eficiência e transparência
O uso do BIM permite detectar incompatibilidades ainda na fase de projeto, evitando desperdícios e reduzindo a necessidade de aditivos contratuais. Em alguns casos, a economia chega a 30% do custo total da obra.
Além disso, a metodologia gera orçamentos automáticos e precisos, reduz prazos de execução e melhora o controle de gastos públicos, fortalecendo a prestação de contas e a confiança da sociedade.
Rondônia como referência na Região Norte
O Governo de Rondônia já deu passos importantes na adoção da metodologia. Foram adquiridas licenças de softwares BIM para diversas secretarias e órgãos estaduais, com previsão de implementação e capacitação técnica.
Com isso, o estado se posiciona entre os pioneiros da Região Norte na adoção do BIM em âmbito público, reforçando a importância de que os municípios também se adequem para poder firmar convênios e parcerias com o governo estadual.
Desafios municipais
Apesar dos avanços, muitos municípios ainda enfrentam dificuldades: falta de equipes técnicas capacitadas, orçamento restrito e desconhecimento sobre a aplicação prática do BIM.
A transição exige planejamento, investimento e mudança de cultura na forma de gerir obras públicas.
Especialista da Autodesk vai conduzir o painel
O painel contará com Marcus Centurión, engenheiro civil, pós-graduado em Modelagem da Informação da Construção (BIM) pela PUC Minas e especialista técnico da Autodesk — uma das maiores referências nacionais no tema.
Com 18 anos de experiência nos setores de óleo e gás, mineração, siderurgia e energia, Marcus é responsável pelo desenvolvimento de soluções BIM nas regiões Norte e Centro-Oeste, apoiando grandes projetos de transformação digital e produtividade.
Durante o evento, ele vai apresentar como o BIM e as ferramentas digitais podem modernizar a gestão pública e otimizar as infraestruturas municipais, mostrando caminhos práticos para prefeitos e secretários interessados em implementar inovação.
“A inovação digital é essencial para garantir eficiência, evitar desperdícios e oferecer obras públicas de qualidade para os cidadãos rondonienses.”
Inscrições abertas: 2º Encontro dos Prefeitos, Prefeitas e Secretários Municipais de Rondônia







































