Transferências instantâneas (o famoso pix), compras online e pagamentos por QR Code são métodos digitais ligados ao setor financeiro que dominam esse novo cenário, inclusive o uso de carteiras digitais, aplicativos bancários e as moedas digitais têm ganhado espaço e mudado a forma como os brasileiros se relacionam com as finanças.
Métodos digitais usados pelos brasileiros
A forma como lidamos com dinheiro mudou radicalmente nos últimos tempos. Hoje, praticamente tudo pode ser feito pelo celular: o digital ganhou um espaço enorme no dia a dia, na forma como nos comunicamos, nos entretemos, trabalhamos e organizamos nosso dinheiro. Isso é reflexo de uma economia cada vez mais conectada, dinâmica e menos dependente do dinheiro físico.
Um levantamento do Banco Central do Brasil mostrou no final de 2024 que o pix já era o pagamento mais utilizado por brasileiros, usado por 76,4% da população em apenas quatro anos depois do seu lançamento. Se formos um pouco além dos métodos de pagamento e entrarmos na economia brasileira voltada para investimentos, podemos reforçar ainda mais esse cenário.
Uma pesquisa recente da Anbima com o Datafolha mostrou que, apesar da poupança ainda ser a principal escolha dos brasileiros, os jovens estão mudando esse cenário ao se interessarem por alternativas como fundos de investimento, títulos privados e moedas digitais como o bitcoin, a primeira criptomoeda no mundo.
O crescimento do interesse por moedas digitais
O interesse dos brasileiros por moedas digitais começou a crescer por volta de 2017, com a primeira grande alta do Bitcoin, quando a criptomoeda chegou perto de US$ 20 mil pela primeira vez. Nesse momento, o tema ganhou manchetes, despertando curiosidade sobre como funcionava esse “dinheiro da internet”. O amadurecimento da economia digital, muito influenciado pelos métodos de pagamento como o pix, tornaram mais natural para os brasileiros lidarem com as moedas digitais.
E de lá pra cá, o Brasil se tornou um dos maiores mercados de criptoativos do mundo. Em 2022, 3% da população já investia em ativos digitais; hoje, esse número cresceu tanto que posicionou nosso país como o sétimo maior mercado global. Existem vários tipos de moedas digitais, mas o Bitcoin, mesmo depois de tantos anos após a sua popularização, ainda continua como a principal criptomoeda entre os brasileiros.
A primeira criptomoeda no mundo
Em 2017, quando o Bitcoin bateu sua primeira grande máxima histórica, chegando a cerca de US$ 20 mil, no Brasil ele era negociado na faixa de R$ 65 mil a R$ 70 mil, considerando a cotação do dólar na época. Em 2025, o cenário é completamente diferente: o Bitcoin gira em torno de US$ 101 mil, o que equivale a aproximadamente R$ 550 mil.
A volatilidade do Bitcoin é influenciada por diversos fatores:
- Oferta Limitada: com um máximo de 21 milhões de unidades, a escassez pode levar a flutuações significativas de preço conforme a demanda;
- Notícias, eventos econômicos e opiniões de figuras influentes podem impactar rapidamente o valor do ativo;
- Mudanças nas políticas governamentais podem afetar a confiança dos investidores e, consequentemente, o preço;
- Movimentações de grandes investidores podem causar oscilações abruptas no mercado.
Apesar dessas flutuações, o Bitcoin continua a ser uma opção atrativa para investidores que buscam diversificação e potencial de valorização a longo prazo.