A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a economia brasileira deve desacelerar para 1,8% em 2026, com juros altos (Selic em 12% ao ano) e o enfraquecimento da demanda interna atuando como freios para o crescimento após alta de 2,5% em 2025.
Projeção para o crescimento da economia brasileira subiu no Boletim Focus, enquanto a estimativa para o IPCA foi reduzida pela quarta semana consecutiva, ficando dentro do limite da meta do Banco Central.
Mesmo com agro e indústria no azul, crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre denuncia perda de fôlego do consumo, frustração do mercado e pressão sobre o Banco Central
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Industrial Mensal, que mostra expansão puxada pela produção industrial extrativa, mas o juro alto ainda limita o avanço do setor.
A Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,62% em outubro, totalizando R$ 8,253 trilhões, impulsionada principalmente pela emissão líquida de títulos vinculados à alta Taxa Selic, pressionando o endividamento do governo.
O Índice de Atividade Econômica do país registrou um recuo de 0,2% em setembro. Especialistas vinculam a retração à Selic, que está em 15% ao ano, o maior patamar dos últimos 20 anos.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou queda pelo segundo mês consecutivo, sinalizando desaceleração da economia, enquanto o indicador acumulado em 12 meses permanece em alta de 13,5%.
A nova estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) coloca a inflação dentro do teto da meta (4,5%) estabelecida pelo Banco Central; a projeção de crescimento do PIB para o ano segue em 2,16%.
O dólar comercial registrou o menor valor desde junho de 2024, fechando em R$ 5,273, enquanto o índice Ibovespa marcou a 15ª alta consecutiva, aproximando-se dos 158 mil pontos.
O resultado negativo da produção industrial, que eliminou parte do crescimento de agosto, é influenciado pelos juros em patamares elevados, segundo o IBGE.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como “delírio” as críticas de que o governo não cumprirá a meta fiscal e garantiu que o objetivo de equilibrar as contas será mantido.
A estimativa para o IPCA deste ano caiu levemente, mas segue acima do teto da meta. A projeção para o PIB se manteve em 2,16%. O Copom se reúne nesta semana para reavaliar a taxa Selic.
O vencimento de títulos vinculados à Selic puxou a queda da Dívida Pública Federal (DPF) em setembro, para R$ 8,122 trilhões, após o indicador superar a barreira dos R$ 8 trilhões.
O mercado financeiro reduziu ligeiramente a estimativa para o IPCA, a inflação oficial do país, para 4,70% neste ano, conforme o Boletim Focus, enquanto a projeção para o PIB passou a ser de 2,17%.