A identificação de um novo tipo do vírus influenza A (H3N2), apelidado de vírus K, não deve ser motivo de preocupação imediata no Brasil. A avaliação é de Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Segundo o especialista, a mutação de variantes faz parte da dinâmica natural desse tipo de vírus.
O primeiro caso da variante no país foi registrado em Belém, no Pará, em uma paciente estrangeira vinda das ilhas Fiji. A amostra foi analisada pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que confirmou se tratar de um caso importado. Até o momento, as autoridades de saúde não encontraram evidências de que o vírus esteja circulando entre a população local.
Monitoramento global e características da variante
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o aumento da circulação do vírus K no Hemisfério Norte, especialmente na Europa e América do Norte. Apesar do avanço rápido, não houve registro de aumento na gravidade clínica das infecções ou no número de óbitos em comparação com outras cepas de gripe.
Para os especialistas, ainda é prematuro prever se esta será a variante predominante na próxima temporada de inverno no Brasil. O comportamento do vírus influenza é imprevisível e depende de diversos fatores climáticos e imunológicos. Por isso, a vigilância genômica segue monitorando a entrada de novos casos no território nacional.
Importância da vacinação anual e prevenção
Renato Kfouri reforça que a mutação constante do vírus é o motivo pelo qual a vacinação deve ser anual. Mesmo quando surge uma nova variante, as vacinas costumam oferecer proteção contra desfechos graves, como hospitalizações e mortes. A composição do imunizante para o próximo ano já foi atualizada pela OMS para incluir cepas mais próximas do subclado K.
Além da vacina, as recomendações de prevenção continuam as mesmas: higienização frequente das mãos e uso de máscaras em caso de sintomas respiratórios. A Fiocruz e o Ministério da Saúde orientam que a rede de saúde mantenha a vigilância laboratorial fortalecida para identificar rapidamente qualquer mudança no cenário epidemiológico.











































