Brasília (DF), 11 de outubro de 2025 — O Brasil publicou este mês o primeiro artigo científico sobre a vacina totalmente nacional contra a covid-19, chamada SpiN-TEC, desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os estudos demonstram que o imunizante é seguro, e a dose avançará para a fase final de testes clínicos, com previsão de disponibilidade à população até o início de 2027.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que o desenvolvimento da SpiN-TEC representa um marco na autonomia científica do país, especialmente diante do histórico de negacionismo durante a pandemia. “A SpiN-TEC é um libelo à inteligência brasileira, 100% produzido no Brasil”, destacou.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação investiu R$ 140 milhões no projeto, por meio da RedeVírus, apoiando desde ensaios pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3. A ministra ressaltou que a autonomia no desenvolvimento significa que o Brasil não precisará importar insumos ou princípios ativos, garantindo independência tecnológica e capacidade de enfrentar futuras pandemias.
Luciana Santos afirmou ainda que, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a produção será transferida para uma empresa nacional, com posterior incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ela destacou o papel estratégico do complexo industrial de saúde brasileiro na produção de vacinas, medicamentos e insumos farmacêuticos, contribuindo para reduzir custos e fortalecer a soberania do país.
O desenvolvimento da SpiN-TEC reforça a posição do Brasil no cenário internacional, mostrando capacidade de produzir soluções próprias, estimular a inovação e garantir segurança sanitária, além de valorizar pesquisadores, universidades e infraestrutura científica nacionais.