A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) lançou nesta quarta-feira (8) uma ferramenta digital destinada a auxiliar profissionais de saúde na avaliação de casos de intoxicação por metanol. A plataforma foi disponibilizada para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do estado.
A nova ferramenta permite o cálculo automático de indicadores de gravidade do paciente. Além disso, fornece orientações sobre a conduta inicial, o uso de antídotos e a indicação de hemodiálise, otimizando o atendimento de emergência.
A plataforma também recomenda monitorizações essenciais, como:
Determinação dos índices de hidratação.
Realização de eletrocardiograma.
Avaliação neurológica e oftalmológica.
Um dos seus recursos é a aferição da composição bioquímica do sangue, que pode sinalizar uma intoxicação antes mesmo da confirmação laboratorial.
“Ao tornar a classificação de risco digital, aceleramos o diagnóstico. Ampliamos o acesso a indicadores que determinam, por exemplo, a necessidade de hemodiálise e o risco de cada paciente,” explicou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Casos suspeitos no estado
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro está investigando quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol. Estes casos foram identificados nas cidades de São Pedro da Aldeia e Cabo Frio, na Região dos Lagos, e em Cantagalo e Volta Redonda, no interior do estado. O Brasil registra, no total, 24 casos confirmados de intoxicação pela substância.
Sintomas de alerta
A intoxicação por metanol pode ter consequências graves, incluindo cegueira irreversível e óbito. Pessoas que apresentarem sintomas como visão turva, desconforto gástrico e quadros de gastrite após a ingestão de álcool devem procurar imediatamente a unidade de atendimento mais próxima.