O governo do estado de São Paulo informou nesta terça-feira, 30 de setembro de 2025, que cinco pessoas morreram após sete casos de intoxicação por metanol registrados no estado. Desse total, uma das mortes foi comprovadamente causada pelo consumo de bebida alcoólica adulterada. As outras quatro mortes continuam sendo investigadas para esclarecer a origem da intoxicação.
A apuração da polícia busca entender se os casos de intoxicação por metanol estão relacionados ao consumo social de bebidas adulteradas ou à ingestão de álcool de postos de combustíveis por pessoas em situação de extrema vulnerabilidade.
Apreensões e rastreamento de distribuidoras
Como parte das investigações, foram apreendidas em diferentes pontos da capital paulista 112 garrafas de vodca que podem ser falsas, sendo 17 delas encontradas no bairro da Mooca.
Em nota, o governo de SP afirmou que os investigadores estão agora focados em rastrear a origem das distribuidoras e os fluxos de pagamento da cadeia de distribuição, a partir das vítimas já identificadas. Os donos dos estabelecimentos onde as bebidas foram encontradas já prestaram esclarecimentos.
Alerta e sintomas de emergência
A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade, podendo causar a cegueira irreversível e até o óbito. O governo de SP orienta que qualquer pessoa que apresente um quadro incomum após ingerir bebida alcoólica deve procurar atendimento médico imediato e realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica.
Os principais sintomas de alerta que exigem socorro imediato, de preferência nas primeiras seis horas após o consumo, são:
Dores abdominais intensas;
Sonolência e tontura;
Confusão mental;
Visão turva ou perda de visão (após 6 a 24 horas);
Náuseas e vômitos.
Para orientação especializada, o cidadão pode contatar o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI), no telefone 0800-771-3733, que atende de qualquer lugar do país.