O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou nesta terça-feira, 30 de setembro de 2025, em Brasília, sobre os sinais e sintomas mais comuns de intoxicação por metanol. A manifestação ocorre após a identificação de pelo menos dez casos no estado de São Paulo, que resultaram em três mortes. O ministro ressaltou que os sintomas do envenenamento são bem diferentes de uma ressaca comum.
Segundo Padilha, o primeiro sinal na maioria dos casos é uma dor forte, seguida por alterações visuais. É crucial notar que esses sinais podem demorar até 24 horas para se manifestarem, dependendo da hidratação e do consumo de alimentos da pessoa afetada.
Os sintomas mais evidentes
O ministro destacou que o sinal inicial mais preocupante é a dor em cólica, que se distingue de uma azia ou queimação causada pela ingestão de álcool.
Em seguida, qualquer percepção de alteração visual deve ser motivo de alerta imediato. O metanol é metabolizado no fígado em substâncias como ácido fórmico e formaldeído, que são extremamente nocivas ao sistema nervoso central. Essas substâncias atingem o nervo ótico, causando:
Percepção de luzes ou flashes.
Visão turva ou perda de visão (que pode levar à cegueira).
Padilha reforçou que, caso a pessoa consuma bebidas de origem desconhecida e sinta esses sinais mesmo 12 ou 24 horas depois, a intoxicação por metanol é uma possibilidade.
A importância do atendimento médico imediato
A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade, com risco de óbito. O ministro Padilha foi categórico ao orientar a população: ao sentir os primeiros sinais, procure imediatamente um serviço de saúde.
Não se deve tentar medidas caseiras ou milagrosas. Os serviços especializados em intoxicação no Brasil contam com o antídoto específico para o metanol (etanol) e sabem o manejo adequado do tratamento. A hidratação elevada e o monitoramento são cruciais.
Para emergências e orientações, o Ministério da Saúde recomenda contatar:
Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001.
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): 0800-771-3733 ou (11) 5012-5311.
É essencial também alertar outros contatos que possam ter consumido a mesma bebida adulterada, orientando-os a buscar avaliação médica imediatamente.