O Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas com Doenças Reumáticas. A iniciativa, formalizada pela Resolução 777, busca padronizar e aprimorar o tratamento de doenças como artrite, fibromialgia e lúpus, que afetam mais de 15 milhões de brasileiros. A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) elogiou a medida, que pode servir de modelo para todo o país.
A política foi desenvolvida em colaboração com o Ministério da Saúde e associações de pacientes. Segundo André Hayata, da SBR, o documento mapeia a jornada completa do paciente, desde a atenção primária até a especializada. Ele também aborda a escassez de médicos reumatologistas em algumas regiões, propondo a telemedicina como solução para garantir que pacientes não precisem viajar longas distâncias em busca de atendimento.
Desafios e experiências de pacientes
A política ainda tem um longo caminho até a implementação, necessitando de aprovação orçamentária para custear as ações. O Ministério da Saúde informou que o documento está em análise, mas ressaltou que já existem protocolos e diretrizes para o manejo de várias doenças reumáticas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para pacientes como a aposentada Antonieta Muniz Alves dos Santos, que tem lúpus há 43 anos, o diagnóstico correto foi um desafio, levando dois anos para ser confirmado. Já Angélica Santos da Nova, outra paciente de lúpus, contou que demorou quase um mês internada para obter o diagnóstico. Ambas destacam a importância de um tratamento adequado para manter a qualidade de vida, mesmo com uma doença sem cura.