O Sistema Único de Saúde (SUS) foi responsável por 60% dos principais exames de imagem realizados no Brasil em 2023, totalizando mais de 101 milhões de procedimentos. Apesar do grande volume, o acesso aos exames é maior para quem tem plano de saúde, conforme aponta o Atlas da Radiologia no Brasil 2025. O estudo, elaborado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, mostra que, para cada mil usuários, os planos privados realizaram cerca de 1.323 exames, contra 634,41 no SUS.
A pesquisa utilizou um Indicador de Desigualdade Público/Privado (IDPP) para comparar o acesso. A maior disparidade foi encontrada na ressonância magnética, com 13,13 vezes mais exames no setor privado. Já a menor diferença está nos raios-x, com IDPP de 1,36. No caso da mamografia, o acesso é 3,54 vezes maior para quem tem plano de saúde.
Desigualdade na oferta de equipamentos
O Atlas também revelou desigualdades na distribuição de equipamentos. Enquanto o país tem quase 27 aparelhos de ultrassom a cada 100 mil habitantes, a densidade de tomógrafos, mamógrafos e equipamentos de ressonância é bem menor. A Região Norte é a que tem menos equipamentos de ultrassom, mamógrafos e raios-x, enquanto o Nordeste tem o menor acesso a tomógrafos.