A Organização Mundial da Saúde (OMS) acusou as grandes indústrias de tabaco, álcool e alimentos ultraprocessados de bloquear políticas de saúde em todo o mundo. A denúncia foi feita em um relatório divulgado em Londres, em 18 de setembro de 2025, pela agência de notícias Reuters. Segundo a OMS, a pressão exercida por essas empresas impede que governos implementem medidas essenciais, como impostos sobre produtos prejudiciais e restrições de marketing para crianças.
A declaração da OMS foi divulgada antes de um encontro da ONU em Nova York, que dedicará um dia ao combate a doenças não transmissíveis, como câncer e doenças cardíacas. Conforme o relatório, um investimento de US$ 3 por pessoa nessas doenças poderia salvar mais de 12 milhões de vidas e gerar uma economia de US$ 1 trilhão até 2030.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que os governos frequentemente enfrentam uma forte oposição de setores que lucram com produtos não saudáveis. Os representantes das indústrias, por sua vez, rejeitaram a acusação, alegando que buscam um diálogo construtivo para a criação de políticas mais eficazes.
Apesar das críticas, a OMS reforça que é inaceitável que interesses comerciais lucrem com o aumento de doenças e mortes.