O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu o programa Mais Médicos, após o governo de Donald Trump revogar os vistos de dois integrantes do governo brasileiro e de suas famílias. Segundo o ministro, a atitude dos EUA, justificada como uma medida contra “trabalho forçado” do governo cubano, é um ataque injustificável. Padilha afirmou que a saúde e a soberania do Brasil “não se negociam” e que o programa, que leva atendimento a milhões de brasileiros, sobreviverá a esses ataques.
Os vistos revogados pertencem a Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e a Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, justificou a medida afirmando que os dois tiveram papel crucial na implementação do programa.
Padilha destacou em suas redes sociais que o número de profissionais no programa Mais Médicos dobrou nos últimos dois anos. Ele ressaltou o orgulho do legado do programa, que atende a regiões remotas e de difícil acesso, com carência de profissionais de saúde. A iniciativa, criada em 2013, contratou médicos cubanos por meio de uma cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Em 2023, o programa foi retomado com foco em profissionais brasileiros e a inclusão de outras áreas da saúde. O ministro comparou a situação do Mais Médicos com o Pix, que também foi alvo de críticas de Trump, e afirmou que o programa é aprovado pela população brasileira, que mais se beneficia de seus serviços.