Gestantes que realizam pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Velho contam agora com um equipamento inovador para facilitar o parto natural: a Cadeira Elisa. Disponível na Maternidade Municipal Mãe Esperança, a cadeira foi desenvolvida pela psicóloga Sônia Marini, que cedeu o dispositivo gratuitamente à unidade.
O projeto é resultado de uma iniciativa regional focada na humanização do parto, reduzindo dores e o tempo de trabalho de parto. O pedido partiu da médica ginecologista e obstetra Conceição Simões, diretora da maternidade, e foi abraçado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
“Esse equipamento é usado há cinco anos no setor privado e, há cerca de três meses, está disponível na nossa maternidade, ampliando o acesso das usuárias do SUS a essa tecnologia humanizada e eficaz”, explicou a médica.
A Cadeira Elisa auxilia na aceleração da dilatação do colo do útero, diminuindo o tempo do trabalho de parto e aliviando as dores das contrações. Isso ocorre porque a cadeira posiciona a mulher de forma mais fisiológica, favorecendo a descida do bebê e facilitando o parto vaginal.
Além de evitar complicações como a distócia de ombro, o equipamento permite que a gestante alterne entre posições: usar a cadeira por 20 a 30 minutos, caminhar, tomar banho ou utilizar outras técnicas de alívio da dor e voltar a usar a cadeira durante o trabalho de parto ativo.
O equipamento está disponível tanto para mulheres em trabalho de parto quanto para as que estão em fase latente, com as primeiras contrações ou dilatação inicial, estimulando a evolução natural e menos dolorosa do parto.
A maternidade oferece visitas guiadas para que as gestantes conheçam a cadeira, a sala de parto e a estrutura antes do nascimento. O agendamento pode ser feito pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP), coordenado pela enfermeira Diana.
Inspirada em práticas tradicionais de parto de povos indígenas e comunidades ancestrais, a Cadeira Elisa traz um conceito moderno com base em saberes populares. Possui patente registrada, suporta até 350 kg, e conta com aprovação do Crea e Corpo de Bombeiros.
A Prefeitura, por meio da Semusa, reafirma seu compromisso com a saúde da mulher e a humanização do parto, garantindo acolhimento, segurança e autonomia no momento mais importante da vida das mulheres.