Diante do registro de casos de sarampo no território boliviano e em regiões próximas à fronteira com o Brasil, o Governo de Rondônia intensificou as ações de vigilância epidemiológica, vacinação e orientação à população. A iniciativa é coordenada pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e integra o programa “Vacinação Sem Fronteiras”, que há quatro anos atua em áreas estratégicas para manter o estado livre da circulação do vírus.
As medidas incluem bloqueio vacinal, vacinação seletiva e distribuição de imunizantes aos 52 municípios rondonienses, com prioridade para regiões de fronteira e localidades com coberturas vacinais baixas. Entre os municípios destacados estão Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Alta Floresta d’Oeste, Cabixi, Costa Marques, Pimenteiras d’Oeste, São Francisco do Guaporé, além de Alvorada d’Oeste, Candeias do Jamari, Cacaulândia, Corumbiara, Mirante da Serra e Santa Luzia d’Oeste.
Segundo o governador Marcos Rocha, a mobilização é essencial para garantir a saúde pública. “Estamos atuando com vacinação, vigilância ativa e orientação. É fundamental que todos mantenham seus cartões de vacinação atualizados e busquem as unidades de saúde”, reforçou.
Vacinação é proteção
A principal forma de prevenção contra o sarampo é a vacinação. Crianças entre 6 e 8 meses estão recebendo a chamada “dose zero” da vacina dupla viral em regiões mais vulneráveis, além das doses de rotina para quem tem de 12 meses a 59 anos. Considerado altamente contagioso, o sarampo só é contido quando a população está devidamente imunizada.
Para o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, o compromisso com a vacinação é coletivo. “Cada dose aplicada é uma barreira. A Agevisa está junto aos municípios para orientar, vacinar e monitorar. A população também precisa tirar dúvidas, buscar informações e entender que cuidar de um é proteger todos”, afirmou.
Sintomas e cuidados
O sarampo é transmitido por secreções expelidas ao tossir, espirrar ou falar, permanecendo viável no ar por horas em ambientes fechados. Os sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse seca, coriza, conjuntivite e, em alguns casos, manchas brancas na mucosa bucal (manchas de Koplik).
A coleta de amostras para exames laboratoriais deve ser feita o quanto antes para confirmar o diagnóstico. O monitoramento é realizado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) em parceria com as secretarias municipais.
A atuação conjunta com a Atenção Primária à Saúde (APS) garante o isolamento de casos suspeitos, o uso de EPIs e a ventilação adequada em ambientes de saúde, além de triagem de sintomáticos respiratórios em unidades públicas e privadas.
Alerta e mobilização
A Agevisa reforça o alerta para gestores municipais, profissionais da saúde e população: é essencial seguir as recomendações do Alerta Epidemiológico do Sarampo. O sucesso das ações depende da adesão à vacinação e da notificação imediata de casos suspeitos pelas unidades de saúde.