Autora – Daiane Brito
A realização de cirurgias eletivas no abdômen por videolaparoscopia já é uma realidade no Hospital de Retaguarda – HR, em Porto Velho. O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria do Estado da Saúde – Sesau, começou a oferecer o procedimento na última terça-feira (21). O objetivo inicial é atender pacientes com maior dificuldade de recuperação na cirurgia convencional.
Dores após as refeições, idas ao pronto socorro, realização de exames, consultas e uso de medicamentos para amenizar a inflamação era a rotina da paciente Rosimeri Gomes Wurdel, de 53 anos, que precisava remover a pedra da vesícula, mas por conta do período mais crítico da pandemia teve seu procedimento suspenso.
Fotos: Daiane Brito e Breno Villar
“A dor me impedia de cuidar dos meus netinhos, da minha casa, de viver normalmente. Quando eu me recuperar, poderei brincar com eles e voltar à minha rotina, estou feliz” comemorou a paciente.
O cirurgião geral Marco Guedes, coordenador médico do centro cirúrgico, explicou que esse tipo de procedimento é feito com pequenas incisões na região abdominal para a inserção de tubos sutis e câmera, que transmite imagens da cavidade do abdômen para o monitor. “Uma cirurgia vantajosa, pelo processo curto de recuperação, logo os pacientes voltam à rotina normal” acrescentou.
Guedes conta também que, num primeiro momento, estão sendo selecionados pacientes com maior dificuldade para realizar a cirurgia tradicional. Como por exemplo, obesos ou outros com dificuldade de cicatrização e risco de infecções. “Com o decorrer do trabalho, todas as cirurgias serão feitas por vídeo, já estamos nos preparando para iniciar as cirurgias de hérnia”, destaca.
Fotos: Daiane Brito e Breno Villar
A laparoscopia, palavra grega, significa “observar o abdômen”, é uma técnica que, em primeiro momento, era utilizada para diagnóstico e exames. Mas devido à sua forma pouco invasiva de resolver o problema do paciente, passou a ser utilizada como procedimento cirúrgico.
A diretora-geral do Hospital de Retaguarda, Áurea Scarponi conta que é um grande avanço ter o equipamento na unidade. “Muitos dos nossos pacientes são do interior do Estado, o que torna mais difícil a locomoção no pós-cirúrgico. O procedimento por vídeo traz mais conforto ao usuário”.