Por Wanglézio Braga // Fotos: Diego Gurgel
Da Redação do News Rondônia
Depois de cumprir agenda em Rondônia, o vice-presidente da república, Hamilton Mourão (PSL) desembarcou no Acre para apresentar um plano de segurança e defesa da Amazônia. Por lá, manifestou extrema preocupação sobre a falta de controle sanitário na região de fronteira nos estados da Região Norte (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Mato Grosso) por conta do avanço do novo Coronavírus (Covid-19).
Ao ser questionado por jornalistas, Mourão confessou que não há um plano em execução para diminuir os riscos de contágio da doença que já foi classificada nessa quarta-feira como Pandemia. O controle do Coronavírus na Região de Fronteira foi o último assunto questionado na coletiva à imprensa, realizada hoje (11) no Aeroproto Internacional de Rio Branco – Plácido de Castro.
Ontem (10), a Bolívia informou que dois casos deram positivos para Covid-19 em duas pessoas que vivem em Santa Cruz. Vale lembrar que a cidade é reduto de brasileiros, principalmente de acreanos, que estudam medicina.
Ao ser questionado sobre o trabalho de controle nas fronteiras, o presidente do Conselho da Amazônia disse apenas que "o Brasil deve conversar com esses países sobre o controle sanitário". Ele não informou datas e quais os países que poderiam ser chamados para uma possível reunião. Mourão reforçou a tese de que o Brasil não está preparado para lidar com casos tendo em vista a falta de estrutura dos hospitais.
"O controle sanitário é extramente complicado pela porosidade das nossas fronteiras. Nós não sabemos o que está de fato ocorrendo em outros países como na Venezuela, onde o regime é fechado. Sabemos que existe o fluxo grande de imigrações de venezuelanos para o Acre, via Peru, e também por Roraima. O Ministério da Saúde do Brasil tem feito o seu papel, mostrou preocupação e tomou as providências, nosso problema é a falta de leitos hospitalares para atender uma possível eclosão da grande massa da doença. O controle é complicado, temos que monitorar os países vizinhos e conversar com eles lá. Especificamente, eles tem que estabelecer as regras de quarentena, eles tem que segurar essa turma do lado de lá e não deixar vir pra cá. Mesmo com cidades desenvolvidas, o problema é real", afirmou.
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