Por Wanglézio Braga
Da redação do News Rondônia
Faltam poucos dias para outubro, mês lembrado pela cor “rosa” que tem o objetivo de chamar atenção da população para o “Câncer de Mama”. Hoje (23), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) já publicou uma pesquisa sobre o percentual da cobertura mamográfica de 2017 no país e o resultado foi bastante assustador para a Saúde pública de Rondônia. O estado ficou entre os três da unidade da federação que tiveram péssimo desempenho na realização de exames.
A pesquisa foi feita com mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e apontou o menor número dos últimos cinco anos. Eram esperadas 11,5 milhões de mamografias no Brasil, mas só foram realizadas apenas 2,7 milhões – uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os três piores estados foram Amapá, que realizou apenas 260 exames em detrimento dos 24 mil esperados, seguido do Distrito Federal, com 5 mil realizados quando eram esperados 158,7 mil, e Rondônia, cuja expectativa era de realizar 76,9 mil, mas somente 5,7 mil foram realizados.
Segundo o coordenador da pesquisa e presidente do Conselho Deliberativo da SBM, Dr Ruffo de Freitas Junior, no estudo realizado com 542 mulheres, sendo 197 com câncer de mama e 344 saudáveis, foram investigadas as principais diferenças que poderiam ser associadas à doença.
“A principal conclusão é que as mulheres com diagnóstico de câncer de mama, independente se estavam menstruando ou na pós-menopausa eram, em sua maioria, sedentárias, ou seja, não praticavam atividade física regular no momento de lazer. Também consumiam mais cigarros e bebidas alcóolicas do que as mulheres sem o diagnóstico”, explicou o médico.
Para a SBM, a “dificuldade para agendar e realizar a mamografia, equipamentos quebrados e falta de técnicos qualificados são os principais motivos para o baixo número de exames”. No entanto, numa previsão, em 2019, são esperados 59,7 mil casos de câncer de mama – e alguns fatores de riscos colaboram para o seu desenvolvimento, sendo que muitos deles podem ser alterados com mudanças do dia a dia.