Desde 2011 que o problema da saúde pública em Rondônia tem gerado criticas aos governantes locais. Mesmo com a ampliação e termino de alguns hospitais, como Hospital Regional em Cacoal e São Francisco do Guaporé, a saúde rondoniense está longe de ganhar um selo de qualidade.
Se a população do interior reclama do governo do Estado por projetos que foram prometidos pelo ex-governador Confúcio Moura, na sua campanha eleitoral a reeleição em 2014, como a obra do Hospital “Heuro”, o que dizer da saúde pública administrada pela gestão do ex-promotor de Justiça, Hildon Chaves, (PSDB).
Câmara Municipal de Porto Velho, tarde de terça-feira (24). Uma audiência levou servidores lotados na Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) a ‘decretar’ praticamente estado de emergência da saúde. Na presença de cinco vereadores, servidores lotados na própria Secretaria quebraram os protocolos éticos para levar a público um problema enfrentado por eles no setor de trabalho.
“Não estou defendendo a saúde municipal com a finalidade de ganhar algo. Se quisesse eu não seria servidora pública. Estamos aqui porque fizemos concurso público. Estou na Semusa desde os meus 18 anos. Não gostava do que fazia, mas fui obrigada a gostar. Por que? A minha família usa o Sistema Único de Saúde (Sus)”, disse uma servidora.
A mesma servidora também fez uma denuncia pelo que vem acontecendo na chamada Atenção Primária, a porta de entrada no SUS. “Atenção Básica em Porto Velho acontece de uma forma errônea. Como eu vou à casa do paciente dizer que ele a partir de agora deverá se dirigir ao hospital, sabendo que esse era o meu serviço ir até a casa dele”, questiona.
Enquanto esteve na tribuna a servidora pública não poupou criticas ao prefeito. “Hildon Chaves é um péssimo gestor. Ele não sabe licitar, não sabe gerir, não sabe cuidar, não sabe respeitar o servidor público, não sabe nada”, dispara à servidora.
A denúncia chegou à estrutura da Secretaria Municipal de Saúde, que segundo os funcionários tem faltado de tudo.
“A farmácia básica nunca esteve tão sucateada”, relataram.
De acordo com Igor Amorim diretor responsável pela Atenção Básica da Família, “cada agente comunitário de saúde responde pelo atendimento de 150 famílias, o que daria em torno de 750 pessoas. Mas esse número estaria superando as 3 mil pessoas, sobrecarregando o trabalho dos profissionais”, relata o servidor.
Na prática a população de Porto Velho tem mais é que se precaver e se prevenir de certos administradores públicos locais. No caso desta audiência é difícil acreditar que algo possa acontecer. Não é preciso ser esclarecido para entender o motivo. Os representes da comissão escolhidos na Câmara para presidir a saúde pública do município se quer marcaram presença. Vai entender.