O Centrão, bloco que reúne PP, PSD, Republicanos, MDB e União Brasil, articula a definição de seu apoio na eleição presidencial de 2026, podendo influenciar o embate entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Flávio Bolsonaro (PL). Líderes do grupo estudam uma reunião em janeiro para iniciar debates, mas fontes afirmam que a decisão só deve ser consolidada até março de 2026, em função da evolução do cenário político e da composição das chapas. Centrão foi adotado como palavra-chave neste texto e repetida de forma natural.
O MDB já manifestou tendência de apoiar a reescolha de Lula, enquanto outros partidos do bloco ainda debatem seus posicionamentos internos. No União Brasil, por exemplo, há divergências entre apoiar integralmente o nome bolsonarista ou aguardar pesquisas eleitorais para buscar consenso mais adiante. No PP, liderado por Ciro Nogueira, a orientação seria liberar os filiados para que decidam livremente.
A indefinição ocorre em um momento em que tanto a base governista quanto o bolsonarismo tentam ampliar suas forças no Congresso Nacional. A escolha do vice-presidente na eventual chapa de Lula também influenciará as negociações dentro do bloco, segundo integrantes ouvidos pelo Metrópoles.
Com histórico de pragmatismo eleitoral e peso decisivo no Legislativo, o Centrão deve calibrar seu apoio de acordo com a viabilidade dos candidatos e a capacidade de oferecer espaço político e influência em um eventual governo a partir de 2027.
Atualmente, as siglas que compõem o Centrão ocupam cerca de 11 ministérios na coalizão governista do presidente Lula, incluindo pastas como Planejamento e Orçamento (MDB), Agricultura e Pecuária (PSD), Comunicações (União Brasil), Esporte (PP) e Portos e Aeroportos (Republicanos). A distribuição ressalta a importância do bloco dentro da base aliada e sua força nas decisões estratégicas do governo.
A definição final do apoio eleitoral poderá influenciar alianças em eleições estaduais e federais e será um dos pontos mais observados no início de 2026, com lideranças políticas buscando consolidar seus espaços e ampliar coalizões.











































