O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou que se reunirá com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, na segunda semana de janeiro de 2026. O encontro tem como objetivo debater a gestão dos aeroportos da cidade, após o prefeito criticar publicamente a possibilidade de aumento do limite anual de passageiros no Aeroporto Santos Dumont. Paes defende que a manutenção do teto atual é fundamental para o fortalecimento do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.
A disputa teve início após notícias de que o governo federal trabalha para expandir o limite do Santos Dumont de 6,5 milhões para até 8 milhões de passageiros por ano. Eduardo Paes utilizou as redes sociais para denunciar o que chamou de movimentações “às escuras” na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em resposta, a agência reguladora repudiou as declarações, enquanto o ministério reforçou que as negociações ocorrem de forma transparente com as companhias aéreas.
Desde a imposição do teto no Santos Dumont, o fluxo de passageiros no Galeão mais que dobrou, saltando de 6,8 milhões para 16,1 milhões anuais. Para o prefeito, essa transferência de demanda é vital para o equilíbrio do sistema aeroportuário carioca. O Santos Dumont, administrado pela Infraero, goza de localização privilegiada no centro, enquanto o Galeão, gerido pela concessionária privada Changi, localiza-se na Ilha do Governador e passou recentemente por uma repactuação contratual.
O futuro do Galeão também está em jogo, com uma venda assistida marcada para 30 de março de 2026. O processo prevê um lance mínimo de 932 milhões de reais e a saída definitiva da Infraero da participação no terminal. Paes agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela atenção ao caso, esperando que a reunião de janeiro resulte em uma solução que concilie os interesses do Rio de Janeiro e do setor aéreo nacional.








































